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O JUGO DE JESUS




Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para  a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. 

Mt 11:29,30.

De principio, tive dificuldade em compreender porque Jesus nos convida a “tomar Seu jugo”. Jugo, em meu entendimento, sempre esteve relacionado a escravidão, peso. Como poderia alguém se tornar livre, portando um jugo? Acompanhemos um breve relato do significado e aplicação do jugo:
No hebraico, a palavra para jugo é "môt" - Peça de madeira que serve para emparelhar dois animais para o mesmo trabalho. Era proibido prender sob o mesmo jugo dois animais de espécie diferentes. Jugo, portanto, era uma espécie de disciplina para os animais.Também significava medida agrária equivalente ao que podia um par de bois lavrar num dia.

Jugo na história romana 

Em roma existia um lugar chamado sororium tigillum onde aconteciam verdadeiros festivais de humilhação. Uma trave de madeira, era usada para obrigar os condenados a passar por baixo, sob brados da plateia. Essa prática, era terrível, contudo devolvia ao subjugado o seu lugar na coletividade.Exércitos vencidos, eram obrigados a passar embaixo do jugo dos vencedores. É famoso o caso do exército Caudino que em 321 a. C subjugou o exército romano, humilhando seus soldados com a passagem pelo jugo.

O Jugo do Mundo

O jugo era sempre pesaroso, difícil de carregar. Ninguém se alegrava em servir sob o jugo do inimigo. Animais sob o jugo, trabalhavam bem e com disciplina, mas sofriam as penas da dor física e falta de liberdade. O pecado é considerado um jugo semelhante,  que condiciona o homem à servidão, provocando consequências de toda ordem: Física, moral, espiritual, psicológica, social, enfim.  E há uma contradição, válida, para o jugo do pecado: Ele é pesado, mas se apresenta disfarçado de leve . O prisioneiro vive como que uma ilusão, recebe o jugo para se sentir livre (?) e acaba prisioneiro mil vezes mais. Ao curso do tempo - a longo ou curto prazo- ele será levado para o “sororium tigillum” onde humilhado, cairá pelas mãos do inimigo: Cigarro, álcool, pornografia, mentiras, roubo, corrupção.  Como se livrar de tudo isso?

Jugo da Lei e de Roma

A nação de Israel, na época do nascimento de Jesus, estava sob o domínio de Roma que com o comando de Pompeu, submeteu a Judeia em 63 a.C. A época era de forte opressão, econômica, social, politica e religiosa. As pessoas viviam aguardando libertação do pesado jugo romano. A grande maioria dos sacerdotes, havia se corrompido pela associação com o corrupto poder politico e pelas muitas correntes doutrinárias , citando algumas: Fariseus, saduceus, zelotes, herodianos.
Onde estava a liberdade? Ela era aguardada. Judeus e gentios, ansiavam pelo Messias. Ele era a esperança, proclamada desde o principio por Abraão e reafirmada por Moisés e os antigos profetas. Messias, em hebraico, significa Ungido. Um termo originalmente usado para designar um Sumo Sacerdote sob cuja
 cabeça era derramado o óleo da unção, como forma de consagração, autoridade ( I Sm 16: 1-13)

“Acontecerá naquele dia, que o peso será tirado do seu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço será despedaçado por causa da unção

  Is 10:27 . Aleluia!

Um Novo Reino

Jesus surge em tempo de crise para Israel que aguardava a libertação. Contudo, a nação apostava em um rei politico, que tomasse o poder das mãos de Roma e libertasse o povo dos impostos abusivos, da servidão aos imperadores. Jesus nasce em uma pequena aldeia chamada Belém e cresce como Nazareno. Nazareno, não só porque escolhera morar em Nazaré, mas porque essa era uma designação dada aos homens separados para exercer o sacerdócio (Nm 6:1, Jz 13:5, Am 2:12 ). Jesus era (é) o Messias Nazireu, o Ungido e separado. O despedaçador de jugos!

A salvação anunciada, havia chegado. Não através de um rei perfeito de porte e comandante de legiões de soldados, montados em cavalos, armados de escudos e lanças. O Rei não era essa figura temida, cujas características externas assombravam pelo vigor e força. Jesus era o oposto da soberba e violência que remete ao militarismo. Ele estava ali, em Israel, anunciando e cumprindo um Novo Reino, destinado aos humildes de coração. Toda a força, seria resultado da comunhão com Deus, Comandante Maior.

“E naqueles dias, aparece João Batista pregando no deserto da Judeia e dizendo: Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus” 

Mt 3:1,2.

O Jugo de Jesus


Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11:29-30
Um reino destinado aos simples de coração. O passado de todo e qualquer homem, determina seu presente. O erro de um dia, pode refletir por toda a vida. Um homem subjugado ao pecado, é um escravo que sofre dias, meses, anos. Jesus se apresenta como solução, não apenas para a nação de Israel, mas para todos os cansados e oprimidos, em todas as nações. Ele é a a própria paz.
O jugo de Jesus é leve, porque doutrina o homem para o caminho do bem e ao se fazer o bem, se é recompensado. O jugo de Jesus, liberta do pecado e conduz a uma nova vida. Ao dizer: “Tomai o meu jugo”, Ele diz: “ Tire esse enorme peso que carregas e receba de mim algo leve, suave, que te dará descanso. Meu jugo é muito mais leve que do que o sistema romano, a corrupção, a mentira, a opressão, a miséria, a doença, o medo, a religião, a injustiça, o inferno.”
A palavra suave que adjetiva o jugo de Jesus é traduzida como chrestos (strong 5543): usar, útil, agradável, bom, confortável. O jugo de Jesus, não é um fardo, mas uma utilidade agradável. É algo que corrige, exige, mas de forma a não oprimir. Cristianismo é relacionamento com Jesus. É recebe-Lo em sua vida e aprender Dele. Jesus é jugo que permite descansar. Tomar o jugo de Jesus é renunciar aos jugos do mundo. Isso pode lhe causar alguma dor de principio, e também de meio, e fim, mas será incomparavelmente melhor que usar o pesado e doloroso jugo do pecado que conduz a morte eterna.


Em Cristo: Que veio, vive e é a nossa Salvação!


| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: estudosgospel.com.br |

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