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OS QUE NÃO CONHECEM







Essa questão é formulada de diversas formas: Os aborígenes de tribos isoladas serão salvos? Os índios que nunca ouviram o evangelho serão salvos? Quem nasceu antes de Jesus vir ao mundo será salvo?
As respostas são inúmeras, e geralmente, produto de especulações. Na sua grande maioria são respostas sem um fundamento exclusivamente bíblico, outras, se arriscam citar algumas passagens das Escrituras, mas não explicam o significado.
Outros buscam diversos posicionamentos, principalmente, agora, com os recursos que a internet disponibiliza tão facilmente, e como não possuem uma bagagem de conhecimento bíblico, acabam não tendo elementos para fazer o que recomendou o apóstolo João: julgar se os espíritos (mensagem, ensino, pregação) vem de Deus ou não (1 João 4:1 -2).
Como não há nas Escrituras nenhum versículo falando abertamente o que sucederá àqueles que não ouviram a verdade do evangelho, temos que depreender a resposta para essa questão através de texto que falam da salvação em Cristo.

Já está condenado

Quando conversou com Nicodemos, um mestre e juiz em Israel, Jesus ensinou que quem crê no Filho de Deus enviado ao mundo não é condenado, mas quem não crê já está condenado (João 3:18).


Por que é necessário destacar essa verdade? Porque geralmente a questão: ‘Será salvo quem não ouviu o evangelho?’, independentemente de ser ‘sim’ ou ‘não’ a resposta, trará questionamentos acerca da justiça de Deus.
Quem não crê em Cristo está sob condenação, verdade que o apóstolo Paulo evidenciou ao dizer que o juízo já veio sobre todos os homens para condenação (Romanos 5:18).
Quando, onde e como os homens foram julgados e condenados? No início dos tempos, lá no Éden, quando Adão desobedeceu a Deus e comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Em função da desobediência de um só homem que pecou, muitos homens foram feitos pecadores (Romanos 5:19).
Lá no Éden, no momento em que Adão comeu do fruto da árvore do conhecimento, ele foi julgado e apenado com a morte, ou seja, separação de Deus, sem comunhão. Como a pena imposta a Adão pela ofensa passou a todos os seus descendentes, é dito que todos pecaram, ou seja, estão impróprios para o propósito de Deus.
Considerando negativamente, isto significa que os homens não se tornam pecadores, ou aprendem a pecar ao longo da vida. Ser pecador não é uma questão de comportamento, caráter ou consciência. Saber ou não da condição de pecador não influencia essa condição que o homem herdada de berço.
Considerando positivamente, os homens são criados (feitos) pecadores quando nascem. Embora uma criança não tenha feito bem ou mal, nem mesmo tenha consciência de sua existência, do ponto de vista da consciência é inocente (simples), entretanto pesa sobre o infante uma condenação decorrente da ofensa do pai da humanidade.
Neste ponto se faz necessário ilustrar a condição do homem sob domínio do pecado, que se impõe a todos os descendentes de Adão por força da lei ‘certamente morrerás’ e que subjuga (aguilhão) o homem através da morte.

Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” 

(1 Coríntios 15:56).

A primeira ilustração é a escravidão. A escravidão é prática social antiga em que um homem adquiria direito legal de propriedade sobre outro homem, direito esse decorrente de compra, espólio de guerra, dívida, nascimento, etc.
Adão antes de ofender a Deus era ‘livre’, ou seja, gozava de comunhão com o Criador. Após a ofensa, perdeu a liberdade que possuía com o Criador e passou à condição de servo do pecado, pois com a ofensa vendeu-se como escravo (Romanos 7:14).
Semelhantemente aos senhores que detinham direito pleno sobre os seus escravos, a prole dos escravos também eram propriedade dos senhores de escravos, portanto, igualmente escravos como seus pais. Essa condição imposta aos infantes nascidos escravos não decorria de questões morais, caráter, consciência, etc., mesmo eles sendo inocentes no quesito consciência: não sabiam discernir entre bem e mal, e nem lhes era perguntado se queriam ou não ser escravos.
Outra ilustração decorre das plantas. As plantas nascem de uma semente, quer sejam ervas daninha ou árvores frutíferas. Se uma árvore é boa, isto significa que a semente também o é. E se uma árvore é má, igualmente significa que a semente é má. A árvore ser boa ou má não decorre de questões como caráter, moral ou consciência.
Semelhantemente a Bíblia compara os homens a ervas, plantas e árvores, todos nascidos de uma semente corruptível, a semente de Adão. São denominados maus não em vista do caráter, moral ou consciência, mas da condição imposta pela natureza da semente: má.
É por isso que Jesus chamou os fariseus de maus, mesmo eles parecendo justos aos olhos dos homens:

Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?”

 (Mateus 7:11).

Por que eram maus, mesmo sabendo dar boas dádivas aos seus semelhantes? Porque eram plantas que Deus não plantou.
“Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.” (Mateus 15:13).
É pelas razões acima que todos os homens sem Cristo são descritos como já condenados.
Entretanto, Jesus foi enviado por Deus para salvar os homens, e não condena-los. Seria sem propósito Deus enviar o Cristo para condenar os homens se todos já estão condenados em função da ofensa de Adão.


 

Fonte : Estudos Bíblicos





@Lucianol.10

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