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OS ATRIBUTOS DO SER HUMANO


Os atributos do ser humano revelam que Deus o criou de tal forma que ele é diferente de qualquer outra criatura. Isso quer dizer que o homem reúne certas qualidades que somente ele possui no reino criado.
Os atributos do ser humano estão diretamente ligados ao fato de que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Isso quer dizer que de certa forma somos parecidos com Deus – ainda que exista uma diferença enorme entre a natureza de Deus e a natureza humana.
Ao longo do tempo os estudiosos têm discutido o que realmente significa ser feito à imagem e semelhança de Deus. Nesse ponto alguns atributos do ser humano são apontados como sendo a definição do que isso quer dizer. Alguns dizem que se trata da racionalidade do homem; outros acreditam que se trata de sua volição e pessoalidade; outros defendem que se trata de sua capacidade e responsabilidade moral; e ainda outros pensam que se trata de sua posição de governança na natureza ou mesmo de sua espiritualidade.
Mas como alguns teólogos muito capacitados também afirmam, talvez a melhor posição seja entender que Deus criou o homem e a mulher como seus representantes e vice-regentes sobre toda a criação. Então ser a imagem de Deus é ser um refletor da glória e do caráter de Deus no domínio da criação – e para tanto, obviamente todos os atributos do ser humano estão envolvidos nisso. Portanto, isso implica no fato de que esses atributos derivam de Deus, que resolveu comunicá-los ao ser humano quando o fez à Sua imagem.

Quais são os atributos do ser humano?


O ser humano possui espiritualidade: 


A natureza humana é uma unidade complexa que é constituída de uma parte material e outra imaterial. A Bíblia diz que depois de Deus ter formado o homem do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (Gênesis 2:7).

O ser humano possui imortalidade: 


Uma vez criado, jamais o homem deixa de existir. É incrível que mesmo sabendo que a morte é algo inevitável, o ser humano tem extrema dificuldade em aceitá-la. Isso acontece porque a morte veio por causa da maldição do pecado. Ela quebra temporariamente a unidade da natureza humana que deveria ser indissolúvel, ou seja, ela separa o espírito do corpo. Portanto, a morte não é a aniquilação da natureza humana; não é a cessação da existência. A morte é uma separação dolorosa, mas que não extingue o atributo da imortalidade com o qual o homem foi criado.

O ser humano possui intelectualidade:


 Historicamente esse atributo do ser humano tem sido apontado como a principal identificação da imagem de Deus no homem. O homem possui uma capacidade singular de raciocinar; de pensar e agir de forma complexa.

O ser humano possui capacidade de escolher: 


Deus criou o homem como uma criatura volitiva. Isso significa que o homem possui uma vontade e a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas.

O ser humano possui capacidade moral: 


sendo uma criatura intelectual e volitiva, o homem possui responsabilidade moral sobre seus raciocínios, ações e decisões. Ele possui a habilidade de entender que deve agir conforme certos princípios morais e que assume responsabilidade por isso.

O ser humano possui personalidade:

 O homem é uma criatura que tem personalidade. Ele é uma pessoa e possui caráter, traços emocionais, e capacidade de relacionar-se afetivamente de forma interpessoal num nível especial que não é encontrado em outras criaturas.

O ser humano possui criatividade: 


Sendo uma criatura intelectual, volitiva, pessoal e moral, obviamente o homem também é um ser criativo.

O pecado afetou os atributos do ser humano?


A Bíblia não deixa qualquer dúvida de que o pecado afetou todos os atributos do ser humano. É verdade que algumas teorias surgiram ao longo da história da Igreja com o objetivo de promover a ideia de que o homem nasce puro e com todos os seus atributos intactos, perfeitos e livres dos efeitos da Queda.
Mas esse tipo de pensamento é completamente contrário à verdadeira doutrina bíblica. A doutrina do Pecado Original é amplamente ensinada nas Escrituras que afirmam a total depravação da natureza humana decaída.
Citando o Antigo Testamento, o apóstolo Paulo explica de forma muito clara como os atributos do se humano foram afetados pelo pecado (Romanos 3:10-12). Ele escreve:


“Não há um justo, nem um sequer” – a pureza moral foi perdida.


“Não há ninguém que entenda” – num certo sentido a capacidade intelectual foi afetada.


“Não há ninguém que busque a Deus” – o homem tornou-se espiritualmente morto. Sua comunhão com Deus foi quebrada.


“Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis” –

 sua pessoalidade foi infectada; suas emoções foram contaminadas e seu caráter foi maculado pelo pecado.

“Não há quem faça o bem, não há nem um só” – o coração do homem tornou-se inclinado ao mal e sua vontade foi comprometida.  

Os resultados da corrupção do pecado nos atributos do ser humano

Vimos que o pecado afetou os atributos do ser humano. Isso, porém, não significa que a imagem de Deus no homem foi completamente perdida. Apesar do pecado, o homem continua sendo uma criatura feita à imagem de Deus – ainda que essa imagem tenha sido terrivelmente danificada.

Vamos a um exemplo mais prático: a intelectualidade do homem foi contamina pelo pecado, mas ele ainda é capaz de pensar e raciocinar. Como diz R. C. Sproul, nós raciocinamos falaciosamente, mas ainda temos essa capacidade.

O mesmo princípio se aplica aos outros atributos. O homem caído não-regenerado está morto espiritualmente, mas ele ainda possui um espírito. Ele não tem mais pureza moral, porém ainda é capaz de entender que existem princípios morais que devem ser obedecidos, e continua responsável por suas decisões atitudes diante deles.

Seus relacionamentos são profundamente prejudicados pelo pecado, mas o homem ainda possui afeições e tem a condição de estabelecer relacionamentos interpessoais. Na maioria das vezes a criatividade do homem é usada a serviço do pecado, mas ele ainda é um ser criativo. Sua vontade é inclinada ao mal, mas ele ainda é capaz de fazer escolhas e tomar decisões livres conforme o padrão de sua natureza decaída.

Mas a obra redentora de Cristo aplicada pelo Espírito Santo no ser humano vivifica-o espiritualmente, liberta-o da culpa do pecado, restaura sua comunhão com Deus e capacita-o a ficar livre do poder do pecado através da santificação. Então seus atributos passam a ser condizentes com sua nova natureza.

O redimido possui a mente de Cristo; sua conduta moral reflete o caráter de Cristo – em quem se cumpre plenamente o propósito de ser a imagem de Deus (Colossenses 1:15-22; Hebreus 1:3); sua personalidade e seus relacionamentos revelam as virtudes do fruto do Espírito; e sua vontade não está mais escravizada pelo pecado. Agora ele é capaz de desejar o bem espiritual e sentir prazer em agradar a humanidade.



FONTE : Estilo adoração




@Lucianol.10 >

O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO HUMANA







O início da civilização humana se deu com Adão e Eva e seus filhos. Deus criou o homem com o propósito de que ele vivesse em sociedade e construísse civilizações. A Bíblia diz que após ter sido criado, o homem escutou do Senhor a seguinte ordem:

 “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” 

(Gênesis 1:28).

Com isso, podemos perceber que a base do início da civilização humana foi o casamento. A humanidade poderia crescer, frutificar se multiplicar e povoar a terra porque Deus deu uma auxiliadora ao homem, com a qual ele seria uma só carne (Gênesis 2:24). As pessoas que atacam a instituição familiar e a sacralidade do matrimônio se esquecem que a família, sob o fundamento do casamento, é fundamental para que exista uma civilização humana.


O pecado e o início da civilização humana


Logo em seu início, a civilização humana já teve de lidar com a questão do pecado. Adão e Eva conseguiram desfrutar de um período de pureza no Jardim do Éden, mas tão logo caíram e foram expulsos do paraíso. Já fora do Éden, Adão e Eva tiveram seu primeiro filho, Caim. Depois de Caim, Eva deu à luz a Abel.
Caim era lavrador da terra, e Abel era pastor de rebanho (Gênesis 4:2). Quando os dois irmãos foram oferecer ofertas a Deus, Caim não se apresentou com um espírito correto de devoção sincera ao Senhor, e por isso Deus não se agradou dele. Ao invés de buscar o arrependimento, Caim deixou-se dominar por uma ira invejosa e acabou matando seu irmão. Na história da civilização humana, a primeira pessoa nascida na terra foi uma assassina de seu próprio irmão. Isso mostra a profundeza da tragédia do pecado na humanidade.
Após ter matado Abel, Deus colocou em Caim uma marca e ele fugiu para o lado oriente do Éden, e habitou na terra de Node. Curiosamente este nome significa “errante”Caim e sua esposa tiveram um filho a qual chamaram Enoque. Caim também edificou a primeira cidade mencionada no início da civilização humana na Bíblia. Ele chamou essa cidade com o mesmo nome de seu filho.
De acordo com a palavra hebraica empregada no texto bíblico, a cidade construída por Caim era alguma forma de fortificação. Provavelmente era um povoado com cidadãos permanentes e que era protegido por muros. Diferentemente dos mitos pagãos que atribuem a figuras divinas as origens tecnológicas e culturais da civilização humana, a Bíblia explica que foi entre os descentes de Caim que tais coisas se desenvolveram. Na linhagem de Caim encontramos a primeira metalurgia, os primeiros músicos, os primeiros edificadores e fabricantes de tendas, os primeiros criadores de gados.
Como diz B. K. Waltke, a linhagem de Caim é um símbolo da cultura humana com grandes civilizações, e não de Deus. Além disso, a ambiguidade da cultura humana ímpia é retratada pelos avanços paralelos de civilização e violência.

Deus e a civilização humana


As histórias das grandes civilizações humanas mostram como a humanidade tem andado alienada de Deus. Tão logo na civilização construída pelos descendentes de Caim, por exemplo, vemos como o pecado contaminou a vida do homem em todos os seus aspectos. Isso fica claro no caso de Lameque, um descendente de Caim que fazia poesia para exaltar sua perversidade (Gênesis 4:23,24).
Além do mais, a escalada do pecado na humanidade acabou resultando na destruição total da civilização humana pré-diluviana – com exceção de Noé e sua família. 

Contudo, mesmo depois do dilúvio as motivações humanas no estabelecimento de civilizações se mostraram corrompidas. 


Ninrode, por exemplo, fundou várias cidades e aparentemente edificou um poderoso reino. Uma dessas cidades era Babel, onde os homens construíram uma torre na tentativa de desafiar a supremacia de Deus.
Contudo, Deus é o Senhor da História. Ele é soberano e todas as civilizações humanas estão sob o Seu domínio. É Ele quem muda os tempos e as estações, estabelece reis e remove reis e usa reinos e impérios de acordo com a Sua vontade (Daniel 2:21). Na Bíblia há vários exemplos disso, onde lemos sobre como Deus usou civilizações como a Assíria e Babilônia para cumprir o Seu propósito.

Além disso, foi através da civilização dos descendentes de Abraão através de Isaque, que Deus enviou Seu próprio Filho ao mundo para resgatar para Si homens de toda tribo, língua povo e nação (Apocalipse 5:9; 7:9). Agora, a Igreja de Cristo possui a grande missão de ensinar o Evangelho a todas as civilizações da terra (Mateus 28:18-20).


Hoje vemos os resultados e pagamos o preço.



Fonte : Estilo Adoração





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OS LIVROS SÃO ABERTOS








OS LIVROS  DO APOCALIPSE


João  fala dos "livros"  sendo abertos e de "outro livro" sendo aberto. Ele diz que 

" os mortos  foram julgados, cada qual segundo as suas obras, conforme oque se achava escritos nos livros " 

(20.12-13)

Estas afirmações chamam imediatamente nossa atenção para as palavras do senhor jesus: 

" O que vocês disseram nas trevas, será ouvido à luz do dia, e o que sussuraram aos ouvidos  dentro de casa, será proclamado dos telhados

(lucas 12.3) .


E " não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido  que não venha a ser conhecido e trazido à luz  

(lucas 8.17). 


  Lembramo-nos também de Eclesiastes 12. 14, que promete: 

"Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más"

 bem como está escrito em Romanos  2.5-6, onde Paulo fala do dia da ira de Deus , " Quando se revelara o seu justo julgamento. Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento", conforme aquilo que as pessoas fazem com outras, portanto nossa vida é vigiada 24 horas por dia, nossos atos bons e ruins são escritos em livros que serão apresentados nesse grande dia.

      É uma coisa terrível até mesmo  imaginar estar diante de Deus,

  " de cuja presença fugiram o céu e a terra"

 (Apocalipse 20.11)

E nada ter senão suas próprias obras pecaminosas para mostrar no tempo sobre a terra  que o Todo-Poderoso lhe deu. Tenho muitas vezes ouvido os ímpios alardeando que, no Dia do juízo, irão  reivindicar que Deus os justifique  dos erros deste mundo; mas isto é uma fantasia pura e desrespeitosa. Tal fato nunca acontecerá. Se o amado Daniel cambaleou e tremeu ao ter uma Visão de um ser celestial.

 (e aqueles que estavam com ele nem se quer viram, mas esconderam-se aterrorizados)

Daniel 10.4-8 ) 

se o apóstolo João caiu como que morto quando teve uma visão do Cristo ressureto (Apocalipse 1.10-17) se o justo Jó, que havia desejado uma audiência  com Deus, disse: 

" Eu te conhecia Só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino e me arrependo  no pó e na cinza",

quando seu pedido foi atendido ( Jó 41.5-6) quão grande insensatez é essa de um ímpio imaginar que se justificará a si mesmo diante de Deus no dia em que estiver frente a frente com ele no juizo do grande trono branco.  Não, naquele dia as palavras do apóstolo paulo conformarão a verdade: 

  "sabemos que tudo o que a lei diz, o diz aqueles que estão debaixo dela, para que toda a boca se cale e todo o mundo esteja sobre o juizo de Deus" 

(romanos 3. 19)

A última palavra, naturalmente , Será a de Deus.

      Depois que esses homens e mulheres não-salvos forem julgados de acordo com os livros de suas obras, outro livro será aberto, o livro da vida. O novo testemunho refere - se a este livro oito vezes, ao passo que o velho testamento menciona-o três vezes , um livro no qual nomes estão escritos. João diz que, 

" se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo" 

( Apocalipse 20.15 ).

Desta forma,as palavras gloriosas do apóstolo paulo serão cumpridas:

  " O último inimigo a ser destruído é a morte".

 (1 Coríntios 15.26).


"ATEMORIZANTE" É A PALAVRA


Provavelmente, não é humanamente possível meditar sobre estas impactantes verdades por extensos períodos  de tempo. Quem pode arriscar-se a ponderar a respeito do lago de fogo, um lugar de tormento eterno, milhões de almas não salvas, uma pessoa divina, de cuja face fogem a terra e o céu, ou temíveis livros de julgamento que selam o destino do não salvo.

    De qualquer forma, nosso Senhor nos fala sobre esses acontecimentos aterradores, por que ? Para dar-nos toda oportunidade de escaparmos  do terrível julgamento vindouro. Lembrando que nenhum cristão estará perante Deus que se sentará no grande trono branco. Esse terrível lugar será reservado para aqueles que rejeitaram jesus como salvador, e que decidiram coroar rei de si mesmos, e que se recusaram a aceitar jesus cristo como o verdadeiro Senhor.  Não cometa esse terrível engano !! Em vez disto, ponha sua fé no Senhor Jesus  e peça-lhe  para perdoar os seus pecados; então você estará pronto para 

" estar em pé na presença do filho do homem" 

(lucas 21. 36) 

diante do tribunal de cristo. Mas uma coisa é certa :  você estará em um lugar ou em outro,inferno ou céu. Certifique-se de que seja o último.

 O mar entregou os mortos que jaziam nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e um por um foi julgado, de acordo com o que tinha feito.


Então, a morte e o Hades foram atirados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo!
E todo aquele cujo nome não foi encontrado escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo.


(Apocalipse, 20. 15)


Fonte : Últimos dias



@Lucianol.10 >

NÃO PRECISO DE IGREJA








Deus não habita em templos feitos por mãos humanas


Dizer que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens significa que a presença de Deus não está confinada num lugar especial. Deus é onipresente, ou seja, Ele está presente em toda parte e jamais estará preso a um lugar especifico. Portanto, dizer que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens é simplesmente falar da grandeza de Deus.
Mas é importante entender o contexto em que essa frase aparece na Bíblia. Muitas pessoas dizem que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens com a intenção de condenar a prática da comunidade cristã em se reunir em espaços físicos para cultuar a Deus. Esse tipo de interpretação está completamente errado e contradiz as Escrituras.

Quais os versículos dizem que Deus não habita em templos feitos por mãos?

No livro de Atos dos Apóstolos estão os dois versículos onde podemos ler exatamente que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Primeiro foi o diácono Estêvão quem fez essa declaração durante o sermão que culminou em sua morte. Ele disse: 

“Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas […]” 

(Atos 7:48).

Durante a morte de Estevão por apedrejamento após dizer essas palavras, Paulo de Tarso estava presente. Curiosamente mais tarde, após Paulo ter sido convertido a Cristo, ele mesmo fez uma declaração muito semelhante. Ele disse: 

“O Deus que fez o mundo e tudo que o que nele existe, sendo Ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas”

 (Atos 17:24).

Mas as declarações de Estêvão e Paulo estão fundamentadas num princípio bíblico amplamente enfatizado em toda Bíblia. Estevão, por exemplo, fundamenta sua declaração numa profecia do profeta Isaías. A profecia diz: 

“Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?” 

(Isaías 66:1; cf. 1 Reis 8:27).

Por que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens?

Quando olhamos para a grandiosidade de Deus à luz de Sua revelação nas Escrituras, podemos entender por que Ele não habita em templos feitos por mãos de homens. Não há um lugar se quer nesse Universo que pode conter o Criador de todas as coisas em Sua plenitude.
Mas durante o Antigo Testamento, o próprio Deus ordenou que os israelitas construíssem um santuário. O objetivo era que Sua presença pudesse habitar no meio deles (Êxodo 25:8). Inclusive, dentro do Tabernáculo havia o lugar chamado de Santo dos Santos. Ali ficava a Arca da Aliança que era a representação máxima da presença de Deus entre o povo da aliança.
Mais tarde o Tabernáculo foi substituído por um templo fixo em Jerusalém construído pelo rei Salomão. Mas o próprio Salomão havia compreendido que Deus era tão grandioso que Ele jamais poderia ser colocado dentro do templo que ele havia construído.
Nem mesmo o céu, que frequentemente é apresentado nas Escrituras como sendo a morada de Deus, é capaz de contê-lo. Com base nisso, Salomão declarou: 

“Mas, de fato, habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” 

(2 Crônicas 6:18).

Então devemos entender que o Templo no Antigo Testamento era o lugar onde o nome de Deus habitava, ou seja, onde Deus manifestava sua presença de forma especial. Contudo, não podemos perder de vista a verdade de que Deus transcende toda a criação.

Deus não habita em templos feitos por mãos: o erro dos judeus


De forma geral, os israelitas entenderam errado as promessas de que Deus habitaria no meio deles no Templo. Então eles tentaram limitar Deus; tentaram moldá-lo aos seus próprios caprichos. Eles achavam que Deus estava presente apenas em Jerusalém, confinado no Templo.
Isso explica o desespero de muitos deles quando o Templo foi destruído durante o cativeiro babilônico. No Salmo 137 lemos sobre como eles se lamentaram por Jerusalém e pelo Templo; mas não se lamentaram em arrependimento por conta do pecado. Eles se recusaram a adorar ao Senhor numa terra estranha longe de Sião. Dessa forma eles tentaram reduzir o Deus de toda terra como se Ele fosse uma divindade tribal.
Mas por outro lado havia o remanescente fiel que entendia que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Então os verdadeiros crentes, como Daniel e Ezequiel, por exemplo, continuavam a adorar a Deus mesmo na Babilônia.
Estêvão denunciou exatamente esse comportamento. Por isso ele usou a profecia de Isaías. O contexto da profecia fala justamente do juízo de Deus que haveria de destruir Jerusalém e o Templo, mas que a adoração verdadeira continuaria.
Os judeus não gostaram de ouvir que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Na verdade essa verdade soou nos ouvidos deles como uma blasfêmia. S. Kistemaker diz que no pensamento judaico da época, Israel era o centro de todas as nações; o centro de Israel era Jerusalém, a cidade de Deus; e o centro de Jerusalém era o Templo onde Deus habitava.
Por isso as palavras de Estêvão eram tão ofensivas para eles. Ao dizer que Deus não habita em templos feitos por mãos, Estêvão não estava reprovando o próprio Templo; mas estava condenando a forma como os judeus valorizavam mais uma construção terrena do que o caráter ilimitado e onipresente de Deus. Curiosamente os judeus ouviram de Estêvão a mesma frase que Paulo disse aos idólatras atenienses.

Deus não habita em templos feitos por mãos: o que isto não significa?

Definitivamente a declaração de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens não significa uma proibição de que os crentes se reúnam em lugares específicos para adorar a Deus. Como foi dito, o contexto em que essa verdade é dita por Estêvão diz respeito aos desvios do povo de Israel.
Já quando Paulo diz aos atenienses que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, Ele estava denunciando o erro da idolatria do paganismo grego. Ele fez isto apresentando a eles o Deus verdadeiro que não pode ser confinado num templo; nem representado numa imagem. Esse Deus não é servido por mãos humanas, como se dependesse do homem para existir; mas é o homem que existe por causa d’Ele.
Na verdade a Bíblia é muito clara ao afirmar que os crentes devem se reunir regularmente com o objetivo de cultuar a Deus. O escritor de Hebreus repreende o costume daqueles que deixam de congregar (Hebreus 10:25).

A própria Igreja é o Templo onde Deus habita

No tempo dos apóstolos a igreja primitiva já se reunia para adorar a Deus em comunidade de forma estruturada e organizada (cf. Atos 15.1-6; 16:4; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3.1-8; 4:14; 5.9-17,19; Tito 1.5; etc.). O próprio conceito de “Igreja” fala exatamente sobre reunião de pessoas. 
No começo, de fato a Igreja se reunia em casas, em espaços de uso público, ao ar livre, em florestas, campos, cavernas etc. Mas com o tempo, após o período inicial de perseguição, as reuniões passaram a ser realizada em espaços que forneciam recursos mais adequados para receber as pessoas.
Porém, independentemente do local, onde a verdadeira Igreja estiver reunida em adoração no nome de Cristo, ali Jesus estará presente (Mateus 18:20). Contudo, não podemos cair no erro dos judeus. Não devemos enxergar os templos atuais como lugares místicos onde somente neles Deus está presente. Na verdade, até mesmo a nomenclatura “templo” talvez não seja a mais apropriada.

Os lugares que nos reunimos são apenas espaços adequados que facilitam a reunião dos santos. O propósito desses lugares não é ser o endereço fixo de Deus na terra, mas uma casa de oração para aqueles que se reúnem em Seu nome (cf. Marcos 11:17).
Templo de Deus é a própria Igreja. Deus habita na Igreja pela pessoa de Cristo através do Espírito Santo (1 Coríntios 3:16). Então de fato quando a Igreja se reúne em um lugar, ali a presença de Deus se manifesta; mas não porque o lugar é sagrado, mas porque a “casa de Deus” está reunida ali (Efésios 2:22).



Fonte : Estudos bíblicos



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