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O JUIZO


Qual será a duração do juízo final?

Esta pergunta é impossível de ser respondida sob os padrões de medida de tempo que conhecemos. A Bíblia se refere ao momento do juízo final como “o dia do juízo” (Mt 11:22), “aquele dia” (Mt 7:22; 2Ts 1:10; 2Tm 1:12) e “o dia da ira” (Rm 2:5).

Apesar de a Bíblia deixar claro que se trata de um único dia de juízo, nós não sabemos como o tempo funcionará nesse momento. Em outras palavras, não devemos entender o dia do julgamento final como um dia necessariamente de 24 horas, além do que, a Bíblia também usa a palavra “dia” para se referir a períodos mais longos.

O importante é que haverá tempo suficiente para que todos sejam julgados, de modo que tal julgamento acontecerá sem interrupções, imprevistos, recessos e adiamentos. O julgamento final só terminará quando todos os ímpios estiverem no lago de fogo, e os salvos acolhidos na bem-aventurança de Deus.

Onde ocorrerá o juízo final?

A Bíblia esclarece que o juízo final ocorrerá diante de um grande trono branco (Ap 20:11). No entanto, não se sabe onde estará este trono branco. Alguns estudiosos sugerem que estará na terra, enquanto outros defendem que estará no céu (ou nos ares). Os que preferem a terra, argumentam que seria mais lógico que o juízo final fosse aqui considerando a ressurreição dos mortos.

Já os que argumentam em favor das alturas, consideram que no livro do Apocalipse o trono de Deus sempre está no céu, não na terra, além de que dificilmente haveria lugar na terra para comportar todas as pessoas que já viveram deste que o mundo foi criado, de modo que se apresentem todas juntas diante do trono do juízo final.

Outros fazem um “combinado” das duas possibilidades, ou seja, defendem que os mortos ressuscitados estarão na terra e o trono branco estará nos ares, pairando sobre eles.

Particularmente, prefiro a sugestão de que o juízo final ocorrerá nas alturas, isto por considerar o momento de colapso e renovação em que o mundo a qual conhecemos estará submetido. Seja como for, o importante é que o julgamento final ocorrerá, embora a Bíblia não determine claramente o local em que se dará.

Quem será o juiz no juízo final?

Em algumas passagens bíblicas, o juízo é atribuído ao Pai (1Pe 1:17; Rm 14:10; cf. Mt 18:35; 2Ts 1:5; Hb 11:6; Tg 4:12; 1Pe 2:23). Entretanto, de forma geral o Novo Testamento aponta que Cristo será o Juiz.

No Evangelho de João, lemos que “o Pai ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento” (Jo 5:22). O apóstolo Paulo no livro de Atos dos Apóstolos, disse aos atenienses que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31; cf. 2Co 5:10).

É importante entender que não há qualquer contradição acerca deste assunto. Basta nos atentarmos para a verdade bíblica de que nas obras divinas da criação, providência, redenção e finalmente no juízo, as três Pessoas da Trindade cooperam.

Logo, Deus o Pai, por meio do Cordeiro, Jesus Cristo, será o juiz, ou seja, a honra de julgar os vivos e os mortos foi conferida a Cristo, que julgará todos os homens em nome de Seu Pai (Dn 7:13; Mt 13:40-43; 25:31,32,41-46; 26:64; 28:18; Jo 5:22-27; At 10:42; 2Co 5:10; Fp 2:9,10; 2Tm 4:1; Hb 9:27; 10:25-31; 12:23; 2Pe 3:7; Jd 6,7; Ap 20:11-15). Isto está de acordo com o fato de que foi Cristo quem se encarnou, morreu e ressuscitou. Saiba mais sobre quem é Jesus.

Os salvos são aqueles que creem nEle, e os condenados são aqueles rejeitam a Ele. Por isso é mais apropriado que Ele mesmo julgue tais pessoas. Isso também será um tipo de recompensa por seu trabalho realizado como Mediador, e a exaltação final de Seu trinfo maior. Este será o momento em que o Cordeiro consumará todas as coisas, subjugará todos os seus inimigos e entregará o Reino a Deus Pai (1Co 15:24).

Quem participará do julgamento final?

A Bíblia claramente afirma que os anjos estarão associados a Cristo no juízo final (Mt 13:41,42; 24:31; 2Ts 1:7,8; Ap 14:17-20). O papel desempenhado por eles será o de reunir os ímpios para o juízo diante do trono e os lançar no lago de fogo.

Outras passagens bíblicas também afirmam que os santos, em seu estado glorificado, também participarão ativamente do julgamento (Sl 149:5-9; 1Co 6:2,3). A Bíblia não é muito clara sobre como será essa participação, porém é muito provável que seja no sentido de louvar e reconhecer a integridade dos juízos de Cristo (Ap 15:3,4).

Quem será julgado no juízo final?

A Bíblia nos informa que todos os anjos caídos serão julgados no juízo final (Mt 8:29; 2Pe 2:4; Jd 6). Além dos anjos caídos, todos os seres humanos, de todas as épocas e gerações, também comparecerão diante do grande trono branco para serem julgados.

Apocalipse 20:12 deixa claro que não haverá nenhuma exceção, pois todos, “os grandes e os pequenos” estarão diante de Deus. Considerando que não haverá outro julgamento, e que todas as pessoas estarão diante do trono branco, logicamente os santos também estarão.

O ensino que afirma que os salvos não comparecerão no juízo final não encontra base bíblica. O Novo Testamento ensina explicitamente que os ímpios e os santos serão julgados no mesmo dia de juízo.

No Evangelho de Mateus, Jesus disse aos escribas e fariseus incrédulos que os ninivitas que se arrependeram nos dias do Profeta Jonas se levantarão juntamente com eles no juízo, com a diferença de que eles não receberão condenação, ao contrário, condenarão os ímpios daquela geração (Mt 12:41,42).

Relembrando a passagem já citada aqui de 2 Coríntios 5:10, o apóstolo Paulo foi claro ao dizer que “todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”.

Como já discutimos, Paulo não está falando de um outro dia de juízo, mas apenas do único dia do juízo final pela qual ele aguardava. Lembrando que ele sempre se refere a esse julgamento como “aquele dia” (2Ts 1:6-10; 2Tm 4:1,8; cf. At 17:31).

Na Carta aos Romanos (cap. 14:10), o mesmo Paulo escreve que “todos compareceremos perante o tribunal de Deus”. Tiago, em sua epístola, adverte sobre a responsabilidade que está sobre aqueles que ensinam a Palavra de Deus, pois estes serão “julgados com maior rigor” (Tg 3:1). Na Epístola aos Hebreus (cap. 10:30) lemos que “o Senhor julgará o seu povo” (cf. 1Pe 4:17).

Outro fato que nitidamente demonstra que os salvos também estarão participando do juízo final é a abertura do livro da vida (Ap 20:12,15). O livro da vida será aberto e mostrará de uma forma indiscutível a diferença entre os salvos e o incrédulos, entre as ovelhas e os bodes.

Os que não tiverem seu nome registrado no livro da vida serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte. Somente os salvos é que terão seus nomes escritos nesse livro (Fp 4:3; Ap 13:8; 17:8; 20:15; 21:27; cf. Lc 10:20).

Apesar de a Igreja comparecer diante do tribunal de Cristo, ela não deve temer o dia do juízo final. Conforme vimos acima, os nomes dos santos estão escritos no livro da vida, ou seja, não há qualquer condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1).

O apóstolo João, em sua primeira epístola, nos ensina que aqueles que estão em Deus podem ter confiança no dia do juízo (1 Jo 4:17). Além dessa passagem também reafirmar que os salvos serão julgados, ela explica que para eles não há o que temer.

O dia do juízo final será de terror para uns e de grande alegria para outros. Enquanto os ímpios receberão a condenação eterna, os santos serão salvos pelos méritos de Cristo no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus” (Rm 2:5). Jesus é quem nos livra da ira futura (1Ts 1:10).

O que será julgado no juízo final?

No juízo final serão julgadas todas as coisas que foram feitas durante a vida presente, quer sejam más, quer sejam boas (2Co 5:10). Isto inclui:

  • As obras: o livro do Apocalipse diz que “os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20:12). O mesmo ensino encontramos em várias outras referências bíblicas (Mt 25:35-40; Ef 6:8; Hb 6:10; cf. 1Co 3:8; 1Pe 1:17; Ap 22:12). Aqui também podemos incluir a questão da omissão, ou seja, as vezes que erramos por deixarmos de fazer algo.
  • As palavras: Jesus foi claro ao dizer que “de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo” (Mt 12:36).
  • Os pensamentos: o apóstolo Paulo escreveu dizendo que quando o Senhor vier, “não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações” (1Co 4:5; cf. Rm 2:16).Resumindo, podemos dizer que no dia do juízo final não há nada que agora esteja escondido que não será revelado (Lc 12:2; Mt 6:4,6,18; 10:26; 1Tm 5:24,25). O julgamento de todas as coisas feitas pelos homens em vida, enfatiza a realidade da responsabilidade humana ensinada na Bíblia.

Qual será o critério de julgamento no juízo final?

Primeiramente, precisamos ressaltar que a eternidade ao lado de Deus, ou a condenação eterna no lago de fogo, dependerá exclusivamente se a pessoa estará vestida com a justiça de Cristo, ou seja, sem a justificação pela fé em Cristo Jesus será impossível ser absolvido no juízo final.

Em outras palavras, em nenhuma hipótese há qualquer salvação fora de Cristo (Jo 3:16; 14:6; At 4:12; 1Co 3:11). O critério para a salvação não são as obras, mas a graça.

Apesar de as obras serem julgadas no juízo final, fica clara a intima ligação que há entre fé e obras, no sentido de que a verdadeira fé revela a si própria nas obras, ou seja, as obras são a evidência da fé. Logo, se alguém possui a fé verdadeira, necessariamente produzirá boas obras (Mt 7:21; Tg 2:18-26).

Estabelecido este princípio, agora podemos dizer que o critério de julgamento no juízo final será basicamente o conhecimento da vontade revelada de Deus. A Bíblia nos mostra que algumas pessoas recebem uma revelação maior da vontade de Deus do que outras (Mt 11:20-22).

Esta verdade nos leva ao fato de haverá graus de castigos e também graus de glória. Jesus falou exatamente sobre este ponto no Evangelho de Lucas, ao ensinar que “o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lc 12:47,48).

Perceba que Jesus ensinou que quanto maior a revelação que alguém recebe acerca da vontade de Deus, maior será a sua responsabilidade. Se a passagem acima revela que haverá graus de sofrimento para os perdidos, outras passagens também revelam que haverá graus de gloria para os santos, como por exemplo, em 1 Coríntios 3:10-15, onde o apóstolo Paulo trata da questão dos galardões.

Portanto, as pessoas serão julgadas com base na quantidade de conhecimento receberam acerca da vontade de Deus, e como reagiram ao conhecimento que receberam.

Dando um exemplo prático, uma pessoa que teve a revelação da vontade de Deus apenas no Antigo Testamento, será julgada de acordo com sua reação ao Antigo Testamento. Vale lembrar que o Antigo Testamento aponta para Cristo, e que homens de Deus, no Espírito de Cristo, pregaram a justiça (1 Pe 1:10,11; 3:18-20; 4:6).

Já quem recebeu a revelação completa da vontade de Deus, isto é, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, será julgado por sua reação a toda a Escritura. Logo, os santos da antiga dispensação viveram pela fé na promessa que haveria de vir, e nós, da nova dispensação, vivemos pela fé no cumprimento da promessa. De igual modo, todos nós seremos julgados por isso.

Há também aqueles que não receberam essa revelação especial de Deus através das Escrituras. Paulo fala sobre estas pessoas em sua Carta aos Romanos, e diz que todos eles são indesculpáveis, pois apesar de não terem recebido a revelação especial de Deus, ignoraram a clara revelação dEle na natureza e na consciência, e não O honraram como Deus (Rm 1:18-21).

Os galardões no Juízo Final

Como pudemos ver, no juízo final o ímpio receberá sua condenação com diferentes graus de castigo, e o santo receberá seu galardão com diferentes graus de glória.

A Bíblia afirma que os salvos serão galardoados (Mt 5:11,12; 6:19-21; 25:23; Mc 9:41; Lc 6:35). Os galardões serão distribuídos segundo as obras de cada um. Isto é o que o Apóstolo Paulo afirmou em 1 Coríntios 3:10-15.

Nesta passagem, Paulo utilizou seis materiais para exemplificar a forma com que os santos constroem suas obras, sendo eles: ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Paulo também deixou claro que o fundamento sobre o qual todos devem construir é um só: Jesus Cristo. Depois, Paulo fala que a obra de cada um será testada pelo fogo, uma clara referência ao dia do juízo de Deus.

O apóstolo completa dizendo que “se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1Co 3:14,15).

Paulo está falando exatamente sobre o fato de que cada cristão terá de prestar contas do que fez com a revelação de Deus em Seu Filho. O cristão fiel e aplicado, que serve a Deus com diligencia e comprometimento, será graciosamente recompensado por Deus com galardão.

Já o cristão que age com negligência, será punido, sofrerá dano e terá suas obras queimadas. Apesar disto, por Sua infinita graça, Deus lhe concede o dom da salvação. Note que o tipo de material com que cada um construiu foi importante para o recebimento do galardão, mas o determinante para a salvação foi o fundamento sobre o qual os edificadores construíram, ou seja, ambos são salvos pela graça, pois de nada adiantaria construir com ouro sobre outro fundamento que não seja Cristo.

Outro ponto importante é entender que os galardões são dons da graça de Deus, ou seja, são presentes d’Ele para nós, e não conquistas nossas, pois por melhor que pareçam ser as nossas obras, aos olhos de Deus nenhuma delas é digna de honra (Lc 17:10). Se receberemos galardões, isso também é graça.

Quais são os propósitos do juízo final?

Podemos citar alguns propósitos principais que explicam a necessidade acerca do juízo final:

  • O juízo final mostrará a soberania de Deus e a Sua glória na revelação do destino eterno de cada pessoa que já existiu sobre a face da terra, e no desfecho final da presente era. Na condenação dos ímpios, a justiça de Deus será exaltada, bem como Sua graça será exaltada na salvação dos santos.
  • O juízo final será o momento em que Cristo e seu povo serão publicamente vindicados. Todos os homens verão aquele a quem crucificaram em grande esplendor e glória. Agora, aquele a quem eles julgaram os julgará.
  • O juízo final revelará o grau de punição ou de gloria (galardões) que cada um vai receber.
  • NO juízo final cada pessoa será designada ao devido lugar em que passará a eternidade, isto é, ou o novo céu e a nova terra ou o lago de fogo.
  • Qual o significado do juízo final?

    O juízo final significa, sobretudo, que a História não é conduzida pelo acaso. Nada do que acontece escapa do conhecimento de Deus, pois Ele é soberano, e é Ele quem governa a História.

    O dia do juízo final mostrará o grande triunfo de Deus e de Sua obra redentora, ou seja, a conquista final e decisiva sobre todo mal, e a revelação máxima da vitória de Cristo, o Cordeiro que foi morto. O juízo final revelará e provará ao mundo que a vontade de Deus será executada perfeitamente, e que nenhum de Seus planos poderá ser frustrado.


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A Separação Entre a Luz e as Trevas

 


A palavra "luz" é destacada pelo profeta Isaías. O que é a "luz"? Todos sabemos que a luz é a ausência de trevas, mas devemos entender que a questão aqui é a separação entre a luz e as trevas. Lemos já no início da Bíblia: "...e (Deus) fez separação entre a luz e as trevas" (Gn 1.4b). Deus não eliminou as trevas, Ele as separou da luz. Portanto, uma segunda palavra-chave que devemos lembrar é "separação".

A vinda de Jesus significa exatamente isso: separação! Ou você crê e aceita que Jesus Cristo veio em carne, viveu uma vida sem pecado e sacrificou a si mesmo, derramando Seu sangue na cruz do Calvário pelos seus pecados, e que assim você tornou-se um filho da luz; ou você rejeita essa verdade eterna e continua sendo um filho das trevas.

O versículo inicial não diz apenas "eis que as trevas cobrem a terra", mas prossegue: "e a escuridão, os povos". Essa é a realidade em nosso mundo. Por exemplo, dificilmente podemos imaginar a terrível escuridão em que viviam os terroristas-suicidas islâmicos que seqüestraram os aviões de passageiros no dia 11 de setembro de 2001 e os lançaram contra edifícios ocupados por milhares de pessoas inocentes. Por que eles fizeram isso? Sem dúvida, eles estavam convencidos de que seu ato era justificado; para eles, essa era a coisa certa a fazer. Eles criam firmemente que, no momento da morte, seriam trasladados para a glória do paraíso. Entretanto, tal convicção religiosa não é baseada na verdade; ela tem seu fundamento na imaginação do coração maligno dos homens seduzidos pelas "trevas".
      As Escrituras, entretanto, não dizem que apenas as pessoas que cometem tais crimes horrendos vivem nas trevas, pois lemos: "...a escuridão [cobre] os povos". Isso significa que todos os povos do mundo vivem em trevas.
        A escuridão é algo terrível, porque ela impede que vejamos qualquer coisa. Por exemplo, se você entrar no porão de uma casa ou em outro lugar escuro durante a noite, sem dispor de uma luz, correrá sério perigo de se machucar. É isso que a Bíblia nos comunica: todas as pessoas na terra estão em sério perigo, não apenas em sua vida presente, mas também quanto à eternidade. Portanto, é extremamente importante que você se chegue à luz.
        Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: "Eu sou a luz do mundo" (Jo 8.12). João, porém, declarou:
"E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam" (Jo 1.5,  Ed. Revista e Corrigida).

"O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas as suas obras".  João 3.19-20

O nascimento de Cristo, ou seja, o Natal, somente pode tornar-se efetivo em sua vida, se você sair das trevas e vier para a luz. Sem isso, o Natal será apenas como uma peça teatral tradicional – na verdade, tola e comercial.
         As palavras de Isaías 60.1-2 são dirigidas a Israel. A luz era e é Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Messias de Israel e Salvador do mundo. A oferta da luz e da separação foi feita inicialmente aos judeus. Ela era destinada a Israel, que, entretanto, rejeitou a Jesus. Assim, Ele voltou-se para os gentios. Isso torna-se bem evidente no versículo 3: "As nações (os gentios) se encaminham para a tua luz..." Portanto, as palavras do versículo 2b ainda aguardam seu cumprimento final: "mas sobre ti (Israel) aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti". Isso ainda não ocorreu com Israel, de modo que deverá cumprir-se no futuro.
         No mesmo capítulo, o profeta Isaías proclama:

"Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel" (Is 60.14).
 
        Atualmente, acontece o contrário: Israel continua odiado e oprimido. Os árabes têm um só objetivo: a destruição do Estado judeu. Eles dizem que o sionismo deve ser eliminado. Entretanto, isso não acontecerá. No final, todos os povos chamarão Jerusalém de "Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel".
         Finalmente, o profeta afirma:
 
"Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites..." (Is 60. 18).
        Virá o tempo em que Israel será a nação dedicada ao Senhor, exatamente como está registrado nas Escrituras. Israel será um louvor a Deus em meio a todos os povos da terra. Somente então a verdadeira paz prevalecerá em todo o globo. O Príncipe da Paz governará "com cetro de ferro" (Ap 19.15) e não irá tolerar qualquer rebelião. Todos os povos estarão sujeitos à autoridade do Senhor dos senhores e Rei dos reis, Jesus, o Crucificado. Então, finalmente, Lucas 2.14 será uma realidade mundial: "...paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem".
         Esse tipo de Natal continua inimaginável nos dias em que vivemos, porque o mundo inteiro jaz nas trevas. Entretanto, existe uma excessão: a paz interior individual e pessoal que você pode experimentar agora. Mesmo nestes tempos turbulentos, essa paz que "excede todo o entendimento" (veja Fp 4.7) está disponível para você. Tenha uma verdadeira experiência natalina neste ano! Jesus disse:
 
"Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar" 
(Jo 16.22).


Em Cristo,

Autor: Arno Froese
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