No final da sua terceira viagem missionária, Paulo foi preso em Jerusalém. Alguns judeus queriam matá-lo, e ele continuou durante mais de quatro anos encarando a possibilidade de ser condenado à morte, talvez pelo imperador mau Nero. Durante esse tempo, Paulo escreveu quatro cartas: Efésios, Colossenses, Filemom e Filipenses. Ele disse aos cristãos de Filipos:
Em ilustração Paulo sendo preso.
“Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação, segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”
(Filipenses 1:19-21).
Embora a Bíblia não relate todos os detalhes, tudo indica que Paulo foi, de fato, posto em liberdade para fazer mais algumas viagens missionárias. Ainda durante o reinado de Nero (um dos imperadores que perseguia os cristãos), ele foi preso novamente. Durante esta prisão ele escreveu suas últimas cartas, duas para Timóteo e uma para Tito. Nestas epístolas o tom do apóstolo foi diferente. Ele comentou sobre a morte iminente e certa:
“Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado”
(2 Timóteo 4:6).
(2 Timóteo 4:6).
É normal para qualquer pessoa sentir medo quando encara a morte, e Paulo também o sentia. Mas a preocupação de Paulo não foi medo de morrer, ou medo do que aconteceria com ele após a morte. Para este servo do Senhor, a morte seria um alívio bem-vindo e marcaria o início da sua vida celestial na presença de Jesus:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.... O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!”
(2 Timóteo 4:8,18).
(2 Timóteo 4:8,18).
Paulo não temia sua morte; ele temia pelas pessoas que ainda permaneceriam aqui na terra. Considere alguns exemplos de coisas que Paulo temia:
Desvios da fé por parte de alguns irmãos.
(1 Timóteo 1:3-4,19).
Mesmo pessoas que começam bem podem enfraquecer na sua determinação de resistir ao pecado.
O efeito de falsos mestres
(1 Timóteo 4:1-5; 6:3-5).
(Tito 1:10-14).
(1 Timóteo 4:1-5; 6:3-5).
Um fator real em alguns desses desvios é a influência de pessoas que distorcem o evangelho e enganam os outros. Paulo viu a necessidade de calar as bocas de falsos mestres.
(Tito 1:10-14).
A covardia de servos do Senhor (2 Timóteo 1:6-8). Se ninguém tiver coragem de se opor aos falsos mestres, sua influência seria pior ainda!
Contendas entre irmãos (2 Timóteo 2:14,23). Os perigos nem sempre vem de fora. Conflitos dentro da igreja do Senhor são devastadores.
O desrespeito para com Deus e a perversidade dos desobedientes (2 Timóteo 3:1-5,13).
A conduta perversa de algumas pessoas mostra sua falta total de respeito do seu Criador.
A falta de interesse na palavra (2 Timóteo 4:1-4). Talvez um dos receios maiores de Paulo fosse a simples negligência da verdade por pessoas que dariam preferência a mensagens mais agradáveis. Muitos ainda sofrem de coceira nos ouvidos!
Uma vez, Paulo comentou com os pastores da igreja de Éfeso:
“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho”
(Atos 20:29).
Paulo não temia a morte, mas temia as ameaças que os cristãos ainda teriam de encarar.
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