Deus promete saciar nossa FOME e nossa SEDE! Os textos lidos não deixam dúvidas de que todos os homens têm necessidades espirituais assim como nossos corpos físicos têm necessidade de alimento e água.
Em II Coríntios 4.18
lemos:
“não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Esta palavra nos alerta para a realidade espiritual, que é muito mais séria e real que o nosso mundo material. Se nosso físico necessita ser alimentado para que vivamos com saúde, muito mais o nosso espírito! Se não comermos ou bebermos por tempo demais, enfraqueceremos e ficaremos sujeitos a todo tipo de doenças, que se não forem tratadas a tempo, nos levarão à morte.
Com o nosso homem espiritual não acontece o mesmo? Para que não corramos esse risco é que existem a FOME e a SEDE, um mecanismo que manda um alerta ao nosso cérebro dizendo que precisamos comer ou beber.
O que acontece, então, é que comemos ou bebemos e ficamos satisfeitos ou saciados; e já não temos mais fome ou sede até que o processo se repita.
Espiritualmente acontece a mesma coisa! Isto, é claro, com os filhos de Deus cujos espíritos foram vivificados com o novo nascimento em Cristo Jesus. Os que estão no mundo continuam mortos em seus delitos e pecados; e seus espíritos nem fome têm, pois estão mortos. Se é assim, por que é que temos nos alimentado tão pouco de Deus? Se isto é verdade, por que quando nos reunimos para orar, louvar e ouvir a ministração da Palavra de Deus, alguns nos dão a impressão de que já chegaram à reunião, saciados e alimentados, pois não demonstram estarem famintos da presença e unção do Espírito Santo? Por que é que tantas vezes não conseguimos nos sossegar aos pés do Senhor nem por uns 15 minutos em nossa casa?
A resposta a estas perguntas é: FOME e SEDE! E de fato temos tido fome e sede de Deus, pois é impossível que alguém que tenha nascido de novo não tenha essa necessidade em seu espírito, assim como é impossível a uma pessoa o não sentir fome e sede. Não é uma opção nossa, mas uma necessidade que independe de nossa vontade.
Somente a enfermidade nos tira a fome.
Mas como vimos antes, há um outro fator importantíssimo, se estamos alimentados ou saciados já não temos fome e sede. O que estou querendo dizer com isso? O óbvio, alguém que esteja alimentado e saciado não precisa mais comer ou beber. Por exemplo, estando na rua faço um lanche daqueles (Um “X – alguma coisa”, bem gorduroso e regado a muita Coca-Cola) e já não posso mais ver nada “comestível” na minha frente, senão…
Logo depois chego em casa e minha esposa me aguarda com uma surpresa: pediu que meu filho preparasse um churrasco daqueles. Eu posso até tentar comer um pouquinho, por consideração a eles ou até por gula mesmo, mas certamente nem mesmo o melhor churrasco do mundo será bem apreciado e degustado numa situação assim. Há comida e comida boa, mas não há fome. E quando não há fome não podemos comer.
Isto acontece espiritualmente também: temos fome e sede de Deus, mas no caminho temos sido tentados, assim como Jesus, a comer daquilo que o diabo nos oferece. Só que ao contrário de Jesus, temos muitas vezes nos banqueteado das imundícies oferecidas por Satanás, pelo mundo, pela nossa própria carne, nossas boas intenções, nossas preocupações e ansiedades, nossos “jeitinhos”, etc. Então, aos poucos vamos tendo cada vez menos fome de Deus, já que temos nos saciado e alimentado com tantas outras coisas. E as vezes até com “coisas de Deus”, pelo menos com coisas que julgamos serem de Deus. Mas nada pode substituir o próprio Deus, a fonte e o manancial da vida.
Eis a solução: permitir-nos sentir fome e sede. Achegarmo-nos a Deus, famintos e sedentos de Sua presença. Assentarmo-nos à sua mesa e nos deliciarmos com a sua abundância. Mas para tanto, é necessário que rejeitemos as ofertas do diabo, as obras da carne, e paremos de comer ou “beliscar” as iguarias e manjares do rei (aparentemente sempre muito atraentes e gostosos, mas nunca nutritivos) e nos apeguemos ao Senhor e à Palavra, como fez Jesus, que resistiu ao diabo porque sabia que o homem não necessita só de pão, mas sim de tudo o que procede da boca do Senhor; e mais: fez da vontade de Deus a sua comida e sua bebida.
(Jo 4.34).
Por Aguilar Lopes
@Lucianol.10
Você pode estar pensando que a história de Caim e Abel não tem muita a ver com a sua realidade. Você nunca chegaria ao extremo de matar alguém por pura raiva afinal, não é?
Jesus nos ensinou que essa história tem muito mais a ver conosco do que imaginamos. Quando nos iramos contra alguém, quando desejamos o seu mal, quando o invejamos… já o assassinamos em nosso coração.
Quem foram Caim e Abel?
Adão e Eva tiveram filhos após serem expulsos do jardim do Éden. Primeiro, Eva concebeu Caim e depois Abel. Abel se dedicava a cuidar de ovelhas e Caim era agricultor.
A morte de Abel
Certo dia Caim ofereceu a Deus alguns produtos de sua agricultura e Abel ofereceu o seu melhor cordeirinho. Deus se agradou de Abel, mas rejeitou a oferta de Caim. Com isso Caim ficou furioso e teve inveja de seu irmão.
Deus tentou conversar com Caim dizendo:
Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo.
(Gênesis 4:7)
Depois destas coisas, Caim convidou o seu irmão para ir até o campo e lá o matou.
Deus o encontrou e perguntou:
– Por que você fez isso Caim? O seu irmão da terra clama a mim por vingança. De agora em diante você não colherá mais nada da terra. Você irá andar errante pelo mundo.
Caim respondeu:
– Não vou poder suportar esse castigo, porque quem me encontrar vai me matar, com certeza!
Isso não vai acontecer. Pois, se alguém matar você, serão mortas sete pessoas da família dele, como vingança. (Gn 4:15)
Em seguida Deus lhe colocou um sinal para que se alguém o encontrasse não o matasse.
Caim saiu da presença do Senhor e foi morar em Node (localizado a leste do jardim do Éden).
Por que Deus rejeitou a oferta de Caim e aceitou a de Abel ?
Há muitas especulações a esse respeito. Listamos abaixo as principais linhas de pensamento:
- Deus se agradou mais da oferta de Abel porque ele tem uma clara preferência por sacrifícios de carne/sangue do que frutas e verduras. O sangue seria o elemento reconciliador entre Ele e os homens.
- Abel “fez exatamente o que Deus pediu” em oposição a Caim, que inventou algo de sua própria cabeça.
- A reação de Deus não tem a ver com o sacrifício, mas com o caráter dos dois homens. De acordo com I João, Caim sempre foi “malvado” e isso justificaria a rejeição que sofreu.
- A reação de Deus se justifica pela postura do coração de cada um dos irmãos na hora do sacrifício. Abel agiu com fé (Hb 11:4) ao passo que Caim não estava acreditando no significado de seu sacrifício.
- Deus preferiu Abel porque ele escolheu as primícias, o melhor do que tinha para oferecer, enquanto Caim não.
Obviamente, algumas das hipóteses podem ser compreendidas conjuntamente.
Citações de Caim e Abel em outros lugares da Bíblia:
“Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas”
(1 Jo 3.11, 12)
Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Pela fé ele conseguiu a aprovação de Deus como homem correto, tendo o próprio Deus aprovado as suas ofertas. Por meio da sua fé, Abel, mesmo depois de morto, ainda fala.
(Hebreus 11:4)
O assassinato e o conselho de Deus
Algum tempo depois dessa história, Deus escreve, por meio de Moisés, o mandamento “Não matarás”. Esse mandamento regulava a vida do povo de Israel no Antigo Testamento. O julgamento em caso de assassinato também foi proposto por Deus da seguinte forma: aquele que matou também deve ser morto, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Isso servia para regular, por exemplo, a vingança desproporcional, como ocorreu no caso de Lameque que afirmava, se gabando:
“Matei um homem por causa de ferimentos que me causara; e uma criança porque me ofendeu. Ora, se Caim é vingado setes vezes, Lameque pode ser, setenta vezes sete!”
(Gn 4:23)
O assassinato depois de Jesus
Jesus trouxe ainda mais luz para compreendermos como Deus enxerga o assassinato, ele ensina em seu sermão:
Vocês ouviram o que foi dito aos pais de vocês “Não Matarás”. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: “tolo” será réu do fogo do inferno
Ou seja, aquele que alimenta ira indevida contra o seu irmão, já o assassinou em seu coração.
Como podemos lidar com a ira
O sentimento que causou a tragédia na história de Caim e Abel foi a ira indomada de Caim. Quando Deus percebeu essa ira ele o advertiu dizendo “o pecado jaz a porta, mas cumpre a ti dominá-lo”. A ira jamais pode ser senhora da razão.
Todo o ser humano é por natureza violento e competitivo. Queremos ser melhores e nos sentir melhores do que os outros. Não suportamos a ideia de nos vermos em uma posição inferior. Como Caim, não conseguimos enxergar o outro “sendo honrado por Deus” em detrimento de nossa própria glória.
O conselho de Deus para nós continua sendo o mesmo:
“cumpre a ti dominar o teu sentimento”.
E tendo feito isso, poderemos viver como verdadeiros irmãos.
Fonte: pregacaocrista.com