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Quase dois mil anos o cristianismo vem pregando que todos os seres humanos são iguais.  A declaração Universal dos Direitos humanos também afirma isso,  dizendo no seu preâmbulo que todos os seres humanos nascem iguais em dignidade e direitos.  Em quase todas as Constituiçãos do mundo está escrito que todos são iguais perante a lei.
     
 Apesar de todas essas afirmações,  repetidas e reforçadas por muitos filósofos e pensadores políticos,  oque se vê na realidade é que as pessoas são tratadas como desiguais.  As próprias leis garantem a desigualdade, e nos costumes de quase todos os povos encontram-se muitas práticas baseadas na desigualdade, podendo-se ver claramente que em grande número de situações em que as pessoas não são tratadas como iguais.
    
  Essas leis e esses costumes já se acham tão arraigados que quase todas as pessoas consideram normal o tratamento desigual.  Existem mesmo pessoas que falam e escrevem que todos são iguais e não percebem que,  na prática,  agem como se os  seres humanos nascessem e continuasem desiguais.  
      
       Para perceber e corrigir essas contradições é preciso,  em primeiro lugar,  compreender o que significa afirmar que todos nascem iguais.  É evidente que as pessoas nascem fisicamente desiguais,  sendo diferentes nas feições,  no tamanho,  na cor da pele e em numeras outras características físicas.  Não é,  portanto,  essa desigualdade que se está afirmando. 
       
Quando se diz que todos os seres humanos nascem iguais,  oque se está afirmando é que nenhum nasce valendo mais do que outro.  Como seres humabos,  todos são iguais,  não importando onde nasçam,  quem sejam seus pais,  a raça a que pertençam ou a cor de sua pele.  Se todos nascem iguais,  valendo a mesma coisa,  como se explica que uns já nasçam muito ricos,  tendo toda a assistência,  proteção e conforto,  enquanto outros nascem miseráveis, mal podendo sobreviver,  sem cuidados médicos e sem a certeza de que terão os próprios alimentos indispensáveis a vida ?   Como justificar essa diferença de situações e de possibilidades,  se no momento em que nascem as crianças são iguais e não existe como saber o que cada uma fará de bem ou de mal,  de útil ou de inútil,  durante sua vida ?
     
   Aí está,  justamente a principal diferenciação estabelecida pela sociedade contra a natureza,  que acaba  acarretando consequências  para a vida  inteira das pessoas.  Os seres humanos nascem iguais,  mas a sociedade os trata ,   desde o começo,  como se fossem diferentas,  dando muito mais oportunidades a uns do que a outros.  E isso é apoiado pelas leis e pelos costumes ,  que agravam ainda mais o tratamento desigual e criam grande número de  barreiras para  que aquele que foi tratado como  inferior desde o nascimento consiga uma situação melhor  dentro da  sociedade.   Assim, por exemplo,  um menino que nasce em uma favela é igual ao que nasce numa família rica e vale o mesmo que este,  mas Dificilmente o favelado conseguirá boa alimentação e boas escolas e  desde cedo será tratado como um marginal.  Essa  discriminação irá acompanha-lo pela vida inteira.  Fica  bem  evidente,  portanto,  que um menino nascido numa favela não tem o direito à igualdade de oportunidades,  embora a própria lei diga que todos são iguais. 
     
  Mas não é só por nascer na pobreza que muitas pessoas são tratadas como inferiores às outras.   É  negado o direito à igualdade em todos os casos de discriminação social e de preconceito  de raça,  de cor e de sexo.  Quando alguém é impedido,  direta ou disfarcadamente,  de se hospedar num hotel,  de permanecer num restaurante ou de frequentar um clube por causa de sua cor ou de sua raça,  está sendo negado o direito a igualdade.  O mesmo se  dá quando,  antes mesmo de conhecer uma pessoa,  de verificar seus costumes e comprovar sua capacidade,  outras pessoas julgam que ela será mal educada,  ignorante  ou incompetente,  baseando-se apenas na raça,  na cor ou no  sexo da pessoa discriminada. 



 Autor : Luciano Silva




@Lucianol.10

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